ELES FINGEM QUE BRIGAM, E VOCÊ... MORRE!!
Enquanto falham miseravelmente no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus no País, presidente, prefeitos e governadores -- com raríssimas e honrosas exceções -- promovem mais desordem e caos político, o que, num ciclo perverso de falta de boas atitudes e abundância de más práticas, provocará mais mortes e o aprofundamento da inevitável crise econômica já contratada.
A face oculta de tudo isso encontra-se sob as covas coletivas e a tremenda subnotificação de casos de Covid-19. A face visível ergue-se nas carreatas estúpidas de cretinos que desejam a morte dos outros, confortavelment e assistidas do sofá de casa. Mortes, aliás, daqueles que nunca puderam se dar ao luxo de fazer isolamento social ou praticar qualquer tipo de quarentena.
A política -- e os políticos -- historicamente conduzem as nações para o sucesso ou o fracasso. Conduzem seus povos para a prosperidade ou a pobreza. No limite, conduzem almas para o paraíso ou o inferno. No Brasil, o que se vê, desde sempre, entremeado por um soluço e outro, é a obsessão pelo atraso, pelo fracasso. Não sem a devida responsabilidad e e aval da população.
Entramos nessa maldita pandemia quase três meses após a China. Dois meses após a Europa. Quase um mês após os EUA. O que aprendemos neste janela de tempo? O que fizemos nesta janela de tempo? Como nos preparamos nesta janela de tempo? Pior. O que estamos fazendo, senão bater cabeças, "navegando cegos na tempestade" como reconheceu o ministro da saúde (o novo, e não o velho)?
É muito triste assistir a um povo perdido entre a defesa e a ofensa de vagabundos, de um lado e de outro, enquanto estes mesmos vagabundos, encastelados em seus palácios, seguros da doença e do desemprego, com a renda e benefício garantidos, usam-no como massa de manobra, tal qual manadas ruminantes, em proveito e benefício próprio (e dos seus), jurando defender o País dos inimigos de ocasião.
Eles brigam (ou fingem que) e você acredita, tomando partido, esquecendo do que jamais deveria ser esquecido neste momento: a absoluta incapacidade destes crápulas de nos protegerem minimamente deste vírus. O dinheiro para isso? Já nos tomaram. Com sobras.
Vista sua camisa amarela e vá engraxar os sapatos de Jair Bolsonaro. Vista sua camisa vermelha e vá engraxar os sapatos do corrupto e lavador de dinheiro Lula. Troque esses dois delinquentes (cada um a seu modo e motivo) por Ciro Gomes, Marina Silva ou Cabo Daciolo. Tanto faz. Engraxar sapatos de políticos é uma escolha, pouco importa quem esteja sentado no banco enquanto você, o bobão, lhe presta o serviço em troca de moedas.
Foi essa a escolha que nos trouxe até aqui. A escolha de um país pobre, atrasado, à mercê de grupelhos e líderes, que imagina que uma pessoa, ou duas ou três possam, de fato, ser a salvação de 210 milhões de preguiçosos que não querem ter o trabalho de assumir o comando e construir o próprio presente e futuro.
Por: Ricardo Kertzman
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